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segunda-feira, 5 de março de 2012

Brinquedos de Guri


Tropa de osso, gravetos,
Laço de embira ou cipó,
Assim brinca o guri
Mui faceiro e mui ancho,
Na sombra do oitão do rancho
Mui entretido e só.

Olhando o pai gaúcho
Fazer as coisas campeiras,
Ficava horas inteiras
Imitando aquela lida.
Era a tradição se eternizando
Mesmo ainda na inocência.
Era a alma da querência
Imitando a própria vida.
Hoje também eu brinco,
Pois sou criança, ta visto,
Mas não sei porque, meus brinquedos,
Não tem alma, é massa fria,
E eu só sinto alegria
Quando de gaúcho me visto.
Meu pai é tradicionalista
E quando as vezes ele sai
De gaúcho assim trajado,
De bombachas, bem pilchado,
Eu tenho orgulho do meu pai.

E brinco então de campeiro.
Do espanador faço um mango;
Faço de cavalo a poltrona...
Duma caixa faço a cordeona
E...me toco pro fandango.

Sou pequeno mas já sei
Usar a imaginação,
E pela minha descendência
Com as coisas da querência
Eu brinco com a tradição.

Autora: Dimas Costa    

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