1492 - Colombo descobre a América, chegando às ilhas da América Central. 1500 - Cabral chega ao Brasil, desembarcando nas costas da Bahia. 1501 - Caravelas portuguesas, primeiro e logo depois as espanholas começam a aparecer nas costas gaúchas, mas sem desembarque, porque as praias eram perigosas e não haviam portos naturais. 1531 - Os navegantes portugueses Martim Afonso de Souza e Pero Lopes, sem desembarcar nas praias gaúchas, batizam com o nome de Rio Grande de São Pedro a barra que vai permitir mais tarde a passagem de navios do Oceano Atlântico para a Lagoa dos Patos. 1626 - O padre jesuíta Roque Gonzalez de Santa Cruz, nascido no Paraguai, atravessa o rio Uruguai e funda o povo de São Nicolau, assinalando oficialmente a chegada do homem branco ao território gaúcho. Na realidade não se sabe quem foi o primeiro branco a chegar aqui, porque nesse mesmo ano, ao visitar o rio Guaíba (Iguaí) o padre Roque já encontrou na região onde hoje está Porto Alegre, navios portugueses comerciando com os índios. Evidentemente, esses navios tinham vindo pelo mar, forçando a barra do Rio Grande e atravessando a Lagoa dos Patos. 1634 - O padre jesuíta Cristobal de Mendoza Orellana (Cristóvão de Mendonça) introduz o gado nas missões Orientais, o que vai justificar mais tarde o surgimento do gaúcho. 1641 - Os jesuítas são expulsos do Rio Grande do Sul pelos bandeirantes depois de fundarem 18 reduções ou povos. Essas aldeias foram todas arrasadas e o gado, um pouco foi escondido na Vacaria dos Pinhais, outro pouco eles levaram para Argentina na sua fuga e a maior parte se esparramou, virando "chimarrão", que quer dizer selvagem. Graças ao padre Cristóvão de Mendonça, esse gado, que não tinha marca nem sinal, ficou também chamado "orelhano". |
" Garra, força e determinação, Os Guapos vem aí pra mostrar a união! "
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Cronologia Histórica
Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha
A revolução Farroupilha, também chamada de Guerra dos Farrapos, explodiu no Rio Grande do Sul e foi a mais longa revolta brasileira. Durou dez anos (1835 a 1845). Os problemas econômicos das classes dominantes estão entre as principais causas da Revolução.
O Rio Grande do Sul tinha uma economia baseada na criação de gado e vivia, sobretudo, da produção do charque (carne seca). O charque era vendido nas diversas províncias brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e na região nordeste), pois era muito utilizado na alimentação dos escravos.
Os produtores gaúchos, donos de imensas estâncias (fazendas de gado), reclamavam duramente do governo do império contra a concorrência que sofria do Uruguai e da Argentina, países que também produziam e vendiam charque para as províncias brasileiras. Como as impostos de importação eram baixos, os produtos importados pelo Uruguai e da Argentina chegaram a custar menos que a carne do Rio Grande do Sul. A concorrência estava arruinando a economia gaúcha.
Os poderosos estancieiros gaúchos queriam que o governo do império protegesse a pecuária do Rio Grande e dificultasse a entrada do charque argentino e uruguaio no Brasil.
Essa mesma elite de grandes estancieiros também brigava com o governo do império por uma maior liberdade administrativa para o Rio Grande do Sul.
Em 20 de setembro de 1835, o coronel Bento Gonçalves da Silva, à frente de um grande número de companheiros, atacou e tomou Porto Alegre, depondo o presidente da província. Com a queda deste, a Assembléia Provincial declarou vago o governo e empossou o vice-presidente Marciano Pereira Ribeiro, favorável aos farroupilhas.
Este acolheu para comandante das armas do Rio Grande do Sul o coronel revolucionário Bento Manuel Ribeiro (que, apesar do mesmo sobrenome, não era seu parente). O Padre Feijó tentou solucionar o problema nomeando um novo presidente, José de Araújo Ribeiro, que era realmente primo de Bento Manuel. Alguns revolucionários, entre os quais o próprio Bento Manuel aceitaram a nomeação; porém outros continuaram seguindo Bento Gonçalves, que dominava todo o interior da província e tomara a cidade de Pelotas; um outro líder rebelde, Antônio Neto, vencera as tropas do governo na Batalha de Seival. Mas, havendo os legalistas retomado Porto Alegre, os farrapos decidiram proclamar a República Rio-Grandense, com a capital na cidade de Piratini. A presidência da nova República foi entregue a Bento Gonçalves. Esperavam os revolucionários que seu exemplo fosse seguido pelas outras províncias, provocando assim a queda do regime imperial. Mas Bento Manuel Ribeiro, que fora promovido a general pelo governo do Império, conseguiu derrotar os farrapos na Batalha da Ilha do Fanfa. Bento Gonçalves foi capturado e remetido para a Bahia, onde o encarceraram no Forte do Mar. Conseguindo escapar, o chefe farroupilha retornou à luta no Rio Grande do Sul. Os revoltosos não haviam desanimado com os reveses sofridos: continuavam a lutar corajosamente. No fim do ano de 1838, dominavam quase todo o Rio Grande do Sul, exceto Porto Alegre e o litoral gaúcho. Os habitantes dessa região eram geralmente plantadores de trigo ou marinheiros; por esse motivo, não tinham os mesmos interesses que os criadores de gado preferiam apoiar o governo regencial. Em 1939, os farroupilhas estenderam seus domínios, promovendo uma expedição contra Santa Catarina. A força expedicionária foi comandada pelo revolucionário David Canabarro, que recebeu o apoio do revolucionário Giuseppe Garibaldi. Este guerreiro, depois de lutar no Brasil e no Uruguai, iria tornar-se um dos maiores vultos de sua pátria, ao participar da guerra de unificação e independência da Itália. A cidade de Laguna, em Santa Catarina, foi logo conquistada, e nela Canabarro proclamou a República Juliana (por ter sido feita em julho). Foi em Laguna que Garibaldi conheceu sua futura esposa, Anita Garibaldi, que o acompanharia em todas as suas lutas. A República Juliana, entretanto, teve curta duração, pois os legalistas logo forçaram Canabarro a reentrar no Rio Grande do Sul. Em 1840, D.Pedro II foi proclamado maior de idade, assumindo então a Chefia do Estado. Um de seus primeiros atos foi conceder anistia, isto é, perdão a todos os revoltosos que depusessem as armas. Os farrapos, entretanto, não aceitaram o perdão do Imperador: julgando-se vitoriosos, preferiram prosseguir na luta. Em novembro de 1842, o governo imperial decidiu nomear o general Luís Alves de Lima e Silva, barão de Caxias, para ocupar os cargos de presidente e comandante das armas na Província do Rio Grande do Sul. Esse militar era filho do antigo regente Francisco de Lima e Silva e já se distinguira no combate aos revolucionários do Maranhão, de São Paulo e de Minas Gerais, como veremos mais adiante. Caxias obteve algumas vitórias decisivas (batalhas de Poncho Verde, Canguçu, Piratini, Porongos e Arroio Grande). Os farroupilhas, enfraquecidos após tantos anos de dura luta, aceitaram então as propostas de paz honrosa oferecida pelo general vencedor. Essa paz era necessária tanto para o governo imperial como para os farrapos, pois havia perspectiva de guerra contra o ditador da Argentina, Juan Manuel de Rosas. Foi assinada em 1° de março de 1845, concedendo ampla anistia a todos os revolucionários. Os militares do Exército Republicano foram aceitos pelo Exército Imperial, conservando os postos que haviam alcançado durante a guerra. Quanto aos escravos que participaram da rebelião foram alforriados, isto é, libertados. Graças a essas sábias medidas, a paz voltou ao Rio Grande do Sul!
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Recordações......
União....
Leveza............
Determinação...........
Conquista.....
Felicidade......
Expectativa.........
Orgulho....
Vitória............
Mãe Velha
Cabelo era preto.
Que liso era o rosto!
Teu corpo era flor.
Cabelo era preto.
mas hoje, Mãe Velha,
cabelo branquinho,
geada e agosto
que não levantou.
Que liso era o rosto!
Que liso era o rosto!
Teu corpo era flor.
Cabelo era preto.
mas hoje, Mãe Velha,
cabelo branquinho,
geada e agosto
que não levantou.
Que liso era o rosto!
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Oração do Gaúcho
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e com licença do Patrão Celestial. Vou chegando, enquanto cevo o amargo de minhas confidências, porque ao romper da madrugada e ao descambar do sol, preciso camperear por outras invernadas e repontar do Céu, a força e a coragem para o entrevero do dia que passa.
Eu bem sei que qualquer guasca, bem pilchado, de faca, rebenque e esporas, não se afirma nos arreios da vida, se não se estriba na proteção do Céu. Ouve, Patrão Celeste, a oração que te faço ao romper da madrugada e ao descambar do sol:
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